Bus Ride Notes
Lançamentos

VEIO AÍ – Lançamentos de Agosto

Mais um mês, mais (muitos) lançamentos.

Lembrando que: 1) Estamos disponíveis pra te ouvir e trocar uma ideia! É só mandar mensagem nas redes sociais: Twitter e Instagram, ou escreva pro busridenoteszine@gmail.com.

2) Coloque seu material em TODAS as plataformas! Disponibilize informações básicas em TODAS as redes sociais! Deixamos de publicar muitos materiais aqui por não encontrá-las. Sério mesmo.

3) Queremos muito dar espaço pra mais artistas do interior, e também das regiões norte, nordeste e centro-oeste (exceto DF). Conhece alguém desses lugares? Manda pra cá!

4) Temos uma campanha contínua no Apoia.se que agora conta com novas recompensas. Tá foda pra todo mundo, eu sei, mas se puder, ajuda nóis a continuar produzindo!

ANGVSTIA – Reafirma​ç​ã​o do Óbvio

A banda paulistana de hardcore melódico lançou duas novas músicas no EP “Reafirma​ç​ã​o do Óbvio”. Segundo o grupo, “Sacrifício” fala sobre veganismo (do ponto de vista de uma vaca) e “.Ltda” fala sobre “como nossas vidas são limitadas por estarmos a todo momento sendo cobrados a produzir ao máximo para enriquecer empresas e seus donos enquanto somos privados de poder experimentar uma vida plena”.
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Anti-Corpos – Backlash

Novo single da banda paulistana (que hoje reside em Berlim) de hardcore queer feminista. Segundo o grupo, “Backlash” fala sobre “a necessidade de continuar lutando pelos direitos LGBTQI*, sobre nos mantermos firmes para que não nos tirem eles (de novo)”.
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Capote – Céu Aberto

Iniciando uma nova leva de lançamentos, “Céu Aberto” é o terceiro single da banda de Santos, SP. Capote tem influências do rock alternativo, shoegaze, indie e emo.
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Conte! – Chance

Novo single da banda de metal alternativo de Fortaleza, CE. O nome da banda vem da frase “Conte sua história!”, um lema do grupo, pois acreditam na importância de todos contarem suas histórias e não esconderem seus sentimentos.
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De Peito Aberto – Todo Fim

EP de estreia do novo supergrupo brasiliense de hardcore, formado por integrantes das bandas Mais que Palavras, Nada em Vão e Dias de um Futuro Esquecido.
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Este Lado para Cima – Baliza

Misturando emo, shoegaze, grunge e post-hardcore, o quarteto formado entre Jundiaí e Campinas, SP vem se destacando na cena emo caipira ou midpira emo, como apelidou Chococorn and the Sugarcanes. Este novo single reflete uma fase mais madura da banda e é o primeiro material da formação atual. A faixa dialoga com sentimentos de frustração e das responsabilidades da vida adulta, como a rotina de fazer sempre as mesmas coisas sem ver resultado, também criticando uma sociedade corrompida pelo peso da produtividade desenfreada.
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italic bold – Existence in My Time and Place

EP de estreia do trio emo de Brasília, DF.
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Murderess – Time to Kill

EP de estreia da banda brasiliense com influências de doom, death e black metal. Segundo o grupo as letras vem de uma perspectiva feminina, que visam expressar o desconforto de ser uma mulher na nossa sociedade.
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Ofício Infame

A banda de punk rock de Porto Alegre, RS lança seu segundo EP. Com influências do punk californiano dos anos 90, “Futuro Presente” tem letras que abordam questões existenciais com um viés crítico e reflexivo e também o mundo do skate (do qual o vocalista fez parte por décadas), na faixa “Hoje, Sempre, Ainda (E Mais Uma Vez)”.
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Ousel – Sentença

Novo single da banda indie de Goiânia, GO que tem influências de dream pop e post rock.
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Plastic Fire – O Despertar

A banda carioca de hardcore melódico lança seu quarto álbum.
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Trash No Star – Bobagem

Falando em Plastic Fire, o vocalista Reynaldo Cruz participou da faixa “Bobagem” da banda de noise-punk-grunge da Baixada Fluminense, RJ, Trash No Star. “Bobagem” fala sobre ter sua voz silenciada diante da violência. A letra fala sobre buscar ajuda e em troca receber julgamento, descaso e culpa. Você pode ler mais sobre a música e a banda nessa matéria. “Bobagem” é o primeiro single de seu terceiro álbum, “Existir é Resistir”, que será lançado em 2024 pelo selo Efusiva.
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Tr​ä​umä – Tr​ä​umä

EP de estreia do quarteto capixaba. Segundo a banda, Tr​ä​umä “traz um punk torto, desajustado e errante, de sonoridade enérgica e as vezes misteriosa, dançando sorrateiramente entre post-punk, chain punk e garage rock, com influências em Exit Order e Taqbir”. Com letras poéticas e sentimentais, resultou um lançamento “intenso e sincero, perfeito pra dias confusos”.
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Lançamentos / Leituras / Resenhas

Trash No Star lança “Bobagem”, primeiro single de seu terceiro álbum, “Existir é Resistir”

Arte de capa: Hanna Halm

O Bus Ride Notes não é um site de notícias, mas hoje abro uma exceção pois há muito a se dizer sobre essa faixa.

“Bobagem” fala sobre ter a voz silenciada diante da violência. Infelizmente ainda é muito comum a forma como as pessoas relativizam qualquer denúncia, seja de abusos em relações, questões raciais, de gênero e etc.

Sonoramente influenciada por Parte Cinza, a faixa foi composta em 2014 numa tarde de muita raiva, segundo a vocalista Lety.

“Fiz essa música em 2014, num momento muito delicado, quando estava bastante envolvida com a militância, realizando diversos acolhimentos e senti na pele o que é ter que lidar sozinha com isso quando aconteceu comigo”.

A letra fala sobre buscar ajuda e em troca receber julgamento, descaso e culpa.

“Esse tipo de desdobramento é muito comum após uma situação de violência. As pessoas te acusam de não ter se cuidado o suficiente, questionam seu caráter e te culpam por ter sofrido o assédio, o estupro, o racismo… Ainda é difícil tocar ela ao vivo, e é assustador a quantidade de pessoas que se identificam”, diz Lety.

“A impressão é que ninguém liga, que estamos sozinhas nesse barco sofrendo opressões absurdas, que a nossa voz nunca vai chegar onde deve, e se chegar vai ser relativizada. A rede de apoio é mínima, somos nós por nós mesmo, sabe?”, continua.

“De 2014 até hoje quase nada mudou, até que virou uma chave de que não basta nós mulheres, pessoas pretas e demais corpas dissidentes lutarmos contra as violências que sofremos, está na hora dos aliados cobrarem seus pares e se posicionarem. Tenho cobrado muito isso nos shows e geralmente rola um silêncio constrangedor depois dessa minha fala, salvo manifestações das mulheres e da comunidade LGBTQIAPN+ presentes”.

Todes que acompanham a cena punk observaram um grande avanço que alcançamos pouco antes da pandemia, com pessoas dissidentes conseguindo abrir algum espaço para todes na cena underground.

Hoje no pós pandemia eu não sou a única pessoa a observar que passamos por um momento de regressão. Não acho que podemos chamar de backlash, pois não tenho certeza de que é consciente. O que eu sei é que veio com tudo, veio em grande volume. O machocore retrógado dominou a cena independente.

O que eu vi foi muito cansaço de quem abria esses espaços e sempre lutou na contracultura dentro da contracultura.

Não quero que essa minha fala seja vista como pessimista, pelo contrário, reconhecer quando a gente precisa parar ou dar um passo pra trás pra tomar fôlego ou impulso é essencial pra gente se manter de pé. Como disse RVIVR, “vem em ondas”.

E citando Lety mais uma vez, “Espero que hoje, 26 de Agosto de 2024, a gente possa contar com mais do que nossa própria força. E que os aliados façam mais do que letras politizadas nas suas bandas bacanas”.

“Bobagem” tem a participação de Reynaldo Cruz (Plastic Fire) e Isis Cardoso (SCAR).

A bateria foi gravada por Vita Parente no antigo endereço da Motim, na Gonzaga Bastos (Vila Isabel), as guitarras, vocais e baixos foram gravados por Lety e Mara Chantre em suas respectivas casas.

A mixagem e masterização foi feita por Leo Shogun, “que foi meu professor de áudio num curso oferecido pela Biblioteca Parque no centro do Rio”, diz Lety.

“Shogun adicionou o toque My Bloody Valentine na música, com a guitarrada dominando tudo. Amamos e dá uma prévia do que está nas demais faixas de ‘Existir é Resistir'”.

“Bobagem” faz parte do terceiro álbum da banda, “Existir é Resistir”, que será lançado em 2024 pelo selo Efusiva.

Sobre a banda:

Trash No Star foi formada em 2010, na Baixada Fluminense, RJ, pelo casal Letícia Lopes (guitarra e vocal) e Felipe Santos (guitarra e vocal), que já tocavam juntos em projetos desde a adolescência, quando ainda eram apenas amigos.

Durante a história da banda, os lançamentos – “Single Ladies” (2013) e “Stay Creepy: (no)Summer Hits” (2014) -, shows e participações em festivais foram intercalados com a rotina caótica de ser pai e mãe de três crianças junto da participação na administração da Motim, casa cultural que nasceu em Agosto de 2016.

Além da abertura da Motim, em 2015 Lety fundou com Hanna Halm e Sofia Laureano o selo Efusiva.

“O processo de ter o próprio selo e conciliar a administração de uma casa de cultura mudou muito nossa forma de gerir a banda e nossas relações como um todo. Passamos a vivenciar a Trash No Star como um ponto de acolhimento musical, um coletivo. E desde então estamos em constante processo de ressignificar o que é ter uma banda atualmente, nossos propósitos e prioridades”, diz Lety.

Em 2018 Pedro Millecco assume as baquetas, em 2021 Mara Chantre assume o baixo e Felipe vai para a guitarra, dando início à formação que a banda sempre teve em mente: com uma guitarra exclusivamente focada em fazer noise.

Seguindo a cartilha do underground estadunidense dos anos 80 e 90, cheio de guitarras distorcidas, microfonias, punk e lo-fi, a banda explora estruturas e sonoridades não convencionais com uma abordagem DIY nas gravações e tem como principais influências Sonic Youth, Babes in Toyland, Mudhoney, Flaming Lips, Dinosaur Jr. e L7.

A banda combina leveza, distorção e conscientização, abordando temas psicológicos e políticos.

Da esquerda para direita: Mara,Pedro, Lety e Felipe


Lançamentos

VEIO AÍ – Lançamentos de Julho

Mais um mês, mais (muitos) lançamentos.

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Adorável Clichê – sonhos que nunca morrem

A banda indie de Blumenau, SC lançou seu segundo álbum, “sonhos que nunca morrem”. Junto do disco a banda lançou o single “um sorriso que se vai”, acompanhado de um clipe.
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Cipó Fogo – Born Enslaved

O duo de Alagoas e São Paulo que tem influências de hardcore, metal e punk lança seu sexto EP. Com faixas em inglês, espanhol e português “Born Enslaved” “apresenta uma mirada crítica ainda mais pesada sobre o mundo que vivemos hoje, e sua liberdade fictícia, destinada apenas aos que a podem comprar. A nossa conclusão é que a humanidade falhou miseravelmente, e ao fim e ao cabo, se seguimos como estamos, é melhor deixar esse mundo para outras espécies”, diz a banda.
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falso sol – o destino que você me deu (certamente se esvaeceu)

Novo nome do grungemo paulistano lança seu single de estreia. “o destino que você me deu (certamente se esvaeceu)” é o primeiro de uma série de lançamentos que a banda planeja, o próximo já tem data: 30 de Agosto. Lançamento da Flecha Discos.
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Garage Fuzz – Grawlix

Após o single “Jaded”, a banda que inspirou o nome do nosso site lançou seu novo EP, “Grawlix”. Sendo uma das bandas mais longevas do independente, Garage Fuzz segue mostrando sua vitalidade. Arte de capa por Adriano Dicart.
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Lucia Vulcano – vim, vi e me fudi

Mais conhecida no mundinho indie punk por ser vocalista e guitarrista da Pata, Lucia Vulcano acaba de lançar seu primeiro álbum solo, “vim, vi e me fudi”. Assim como o primeiro single, “ninguém manda em mim” (que já virou hino), o disco é puro grunge e deboche (amamos).
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Nada Violence – Crise Existencial

EP de estreia da banda de powerviolence de São Paulo capital. 10 músicas em 8 minutos. A banda fez uma edição limitada de “Crise Existencial” em fitas k7, disponível em seus shows. Arte de capa por Dave Campelo.
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Point of No Return – The Language of Refusal / A Linguagem da Recusa

18 após seu fim, a lendária banda straight edge paulistana recentemente anunciou um show de reunião na Verdurada, que aconteceu no último dia 28 em São Paulo. E, não parando por aí, também anunciaram seu terceiro disco cheio, resgatando 9 músicas que estavam engavetadas desde 2002.
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split Holocausto Yanomami – Baixo Calão e Social Chaos

As bandas paulistana e paraense de grindcore, Baixo Calão e Social Chaos, lançaram o split “Holocausto Yanomami”. Arte de capa por Umberto Daros e Alexandre Kool. Lançamento em parceria com Laja Records e Red Napa Discos.
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Tuer Lapin – Pedras Crescem no Escuro

De Porto Velho, RO para o mundo, o trio de post-rock/noise instrumental apresenta seu terceiro álbum. Em apoio ao lançamento, fizeram ao longo de Julho a “Giro Outro”, turnê que passou pelo Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
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Lançamentos

VEIO AÍ – Lançamentos de Maio

Mais um mês, mais (muitos) lançamentos.

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3) Queremos MUITO dar espaço pra mais artistas do interior, e também das regiões norte, nordeste e centro-oeste (exceto DF). Conhece alguém desses lugares? Manda pra cá!

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Bad News Bad News – On My Own

Depois de um ano e pouco sem movimentar as redes sociais, jurava que o quarteto de Florianópolis tinha acabado – pensa na felicidade de ver que estavam de volta e com material novo!
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Binarious – vida-morte-vida

Conforme anunciado pelo single “Indivíduo“, o novo EP visual do trio de Brasília, DF se transforma num curta-metragem, unindo linguagens musicais, cinematográficas e de dança.
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Chococorn and the Sugarcanes – Siamês

O jovem quarteto de emo caipira de Santa Bárbara d’Oeste, SP apresenta seu primeiro álbum, que traz “referências a carros, viagens, metrôs e diversos símbolos que refletem não apenas a mudança e a distância, mas também a confusão sensorial de viver em cidades de tamanhos e culturas diferentes“.
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Declive – Impermanente

Single de estreia, que faz parte do iminente EP “O Conforto Te Quer Morto”, da nova banda de hardcore-noise-metal de Curitiba. Fãs de Knocked Loose, Code Orange e similares: fiquem atentos!
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Imortal Joe – Maria Bonita

A banda de hardcore metal brasiliense lança seu novo single, uma autocrítica em forma de alerta antimachista, e conta com a participação de Camila, da Xavosa (e, no clipe, deste que vos fala também!).
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italic bold – nothing good ever happens after 2am

Single de estreia – e prenúncio do primeiro EP “existence in my time and place“, que logo mais vem aí – do power trio brasiliense. A última onda emo finalmente chegou à capital, e aqui temos um excelente exemplo!
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LUNAR 316 – TEMPESTADE

LUNAR 316 é o projeto solo de Luisa Phoenix (illinoise). A cantora e multi-instrumentista foi responsável pelos vocais, guitarras, baixos, sintetizadores e pianos, além da produção (junto de Guilherme Morales) de seu primeiro EP, “TEMPESTADE”. As músicas foram compostas durante a pandemia e falam sobre “solidão, não conseguir pertencer a nenhum lugar, se sentir deslocada e desamparada. Ao mesmo tempo que há total certeza de quem se é, dos próprios desejos e do que se acredita”.
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Madellena – Girls Invented Punk Rock

De Vitória, ES para o mundo, o quarteto garage punk anuncia seu retorno após um breve hiato, com nova formação e um single explosivo e dançante.
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No Reply – Respiro

Veio aí o quinto álbum de mais um power trio; desta vez de Curitiba, que desde 2008 é um dos nomes mais consolidados do hardcore melódico do sul do país!
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Növa – HIGH

O trio indie-garage-shoegaze de Teresina, PI lança seu terceiro álbum, “HIGH”. Segundo a banda, “o título tem relação direta com o que passamos nestes últimos anos, com o mundo numa espiral de loucura, extrema-direita pipocando por todo lado, pandemia, nossos monstros interiores e etc. Enfrentar isso tudo sozinho, de ‘cara limpa’ foi e é bem complicado”. Lançamento do Hominis Canidae REC.
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Patada – Talvez Eu Cometa um Crime

Segundo EP da banda curitibana de garage punk, que registra sua nova formação e segue a linha raivosa, quente, frenética e gritante.
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PLAZAFIRE – Reconectar

Segundo single da nova banda emo e hardcore de Piracicaba, SP – essa bateu aqui e tá no repeat desde seu lançamento!
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stela – serafim triste

Tá no mundo o primeiro álbum da banda de grungegaze/ dark romance de Manaus, AM. Lançamento do selo Quituts.
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split – Budang / Jovens Ateus

Duas powerhouses, a primeira hardcore de Florianópolis, SC, a outra post-punk de Maringá, PR, se unem em um split pesadão. O lançamento teve direito a uma turnê em apoio, que já passou pelo Paraná e Rio de Janeiro, e ainda tem datas em Santa Catarina e São Paulo.
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Vinteum – Foolish

Segundo single da rapaziada pop punk e hardcore melódico de Guariba, SP (meu interior vive!) – um prato cheio pra quem curte aquele som anos 2000 do saudoso MySpace.
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Eventos / Leituras

O Hierofest poderia ser em qualquer lugar do mundo

Como sugere o título (entendedores entenderão), esse texto fala um pouco sobre o evento do último Domingo e também um pouco sobre toda a recente movimentação da cena independente no interior de São Paulo.

Não é novidade pra quem segue o Bus Ride Notes ou meu perfil pessoal nas redes sociais que um scene report aguça a minha curiosidade. Um dos projetos que mais gostei de ver o resultado final foi o podcast Recortes Sonoros, que fez um recorte histórico da cena underground sorocabana.

Essa resenha nem de longe tenta ser um recorte histórico, mas suas personagens requerem uma introdução.

Cidades grandes do interior causam uma confusão no meu cérebro: se por um lado elas possuem tudo, por outro lado a vivência é bem retrógada. Por mais que sejamos progressistas individualmente ou mesmo na coletividade, o ambiente onde estamos inseridos é maior.

Você pode ver um relato e uma descrição mais aprofundada na introdução dessa matéria e nessa entrevista. Começo falando sobre isso pra entendermos o contexto local.

Ribeirão Preto, em particular, é uma cidade que buga meu cérebro, pois o contraste é bem explícito. Ou eu só ainda não me acostumei a ver isso. O que você precisa saber é que é uma cidade de 712 mil habitantes no interior de São Paulo, conhecida nacionalmente como “a cidade do agro”.

Em 26 de maio, aconteceu a primeira edição d’O Hierofest, festival que visa apresentar novas bandas e celebrar aquelas com uma já conhecida trajetória no underground ribeirão-pretense.

Para mais contexto, O Hierofante surgiu há 10 anos, salvo engano, como uma pequena casa de shows que abrigava a cena punk. Ênfase no pequena, pois uma das minhas maiores lembranças é “como era tão pequena e ainda cabia tanta gente?”. Hoje o espaço não existe mais, é um nome que seus idealizadores levam em frente realizando eventos itinerantes entre discotecagens e shows.

Particularmente o espaço d’O Hierofante é uma vaga lembrança que me marcou por ter sido um dos primeiros eventos de “punk sujo” que fui no interior, algo que não era constante na época, pois Ribeirão, São Carlos, Marília e outras cidades mais próximas a mim onde havia uma maior movimentação da cena, ainda assim são longe das cidades onde morei.

Voltando ao Hierofest, não é uma frase de efeito dizer que o sentimentalismo tomou conta da noite, pois metade do lineup consistia de bandas emo. Primeiramente com gelatina de concreto, duo que lançou em abril seu EP de estreia e encarou o desafio de completar uma banda para sua primeira apresentação ao vivo.

O EP “(antes era) terapia na terça” reforça não só a cena emo brasileira, que teve inúmeros lançamentos do ano passado pra cá, mas também, mais especificamente, o emo caipira ou midpira emo, como apelidou Chococorn and the Sugarcanes, banda de Santa Bárbara d’Oeste, SP.

O segundo show da noite foi KbçaDBod e é um pouco difícil falar sobre a banda. Formado por veteranos da cena, o trio com synths, guitarra e vocal performático tem um show que é quase uma experiência, “um eletropunk bem bizarro” como vi alguém dizer. Você pode ouvir algumas músicas no split com a banda Chão Sujo, também de Ribeirão Preto.

O evento foi também o show de estreia do disco “Irritante Paz”, primeiro álbum do duo de screamo Módulo Lunar.

Se eu não soubesse das tecnicalidades que eles utilizam, minha primeira impressão seria de surpresa por aquele som robusto ser gerado por apenas duas pessoas. A banda explica isso nessa entrevista. Eles usam nos shows o mesmo equipamento utilizado nas gravações, o que gera uma reprodução fiel do disco, incluindo o fato de conseguirmos entender as letras claramente (até onde o screamo permite).

Abiosi foi formada em 2001 e seu show tem o que você espera de uma banda de trashcore: velocidade e um discurso politizado. Módulo Lunar chama a atenção pelo volume, mas Abiosi deixou todes com o ouvindo zunindo no dia seguinte.

Quando parei pra pensar no evento e escrever esse texto, me veio uma mistura de sentimentos, pois apareciam ao mesmo tempo na minha cabeça eventos recentes como o Uivo Cuir em Araraquara e outros distantes em cidades onde a cena atualmente se encontra quase parada.

O Hierofest foi um exemplo da história da cena independente de Ribeirão Preto. Foi divertido. Foi necessário.

Dito isso, a cena independente do país inteiro nunca esteve tão ativa (certamente devido às facilidades que a tecnologia proporciona), se você pesquisar é bem provável que encontre algo perto de onde você está. Pode ser também que você esteja, como eu estive por muito tempo, geograficamente isolade do mundo, mas se esse for o caso, um viva a internet, não é mesmo? Quem ainda tem coragem de dizer que “internet não é vida real” depois da pandemia, não entendeu nada.