Bus Ride Notes
Discografia Caipirópolis

Discografia Caipirópolis Volume 5

A Discografia Caipirópolis nasceu pra mostrar que tem muita coisa boa sendo feita fora da capital.

Somos do interior de São Paulo e um dia decidimos fazer uma lista de bandas daqui, como várias delas não têm músicas nas redes de stream pra fazermos uma playlist, decidimos fazer uma coletânea.
Colocamos bandas do litoral também porque ninguém sabe se litoral é interior ou não, é uma questão de opinião.

Bom, lista feita, fizemos as edições necessárias e entre elas tiramos bandas com letras machistas, violentas, reacionárias ou coisas do tipo. Gostaríamos de pedir que vocês nos avisem caso deixarmos algo parecido passar.

No primeiro volume decidimos colocar apenas bandas com mulheres na formação, então tem de tudo, punk, crust, indie, synthpop, hard rock, folk, instrumental, etc.

A partir daí os volumes são divididos por gênero musical, o volume dois contou com bandas de punk rock e hardcore melódico, o volume três com indie rock, o volume quatro com hardcore, crossover, etc e este volume cinco com todos os core? Fastcore, grindcore, noisecore e um tanto de crust, thrash e death (core ou metal, fica à sua escolha).

Abaixo você lê um pouco sobre cada banda que faz parte do volume cinco:

Aberração (Bauru)

Formada na zona oeste de Bauru em 2015 por Drei junto do seu irmão OVNI, a banda tem letras com críticas sociais, protestos contra o sistema e relatos do dia a dia. A banda começou tocando noisecore rápido e minimalista e hoje faz um grindcore pesado e brutal com influências do rap nacional. Aberração conta com mais de 20 materiais lançados, entre EPs e splits, e em 2022 lançaram seu primeiro álbum cheio, “Ghetto”, iniciando uma nova fase. Hoje a banda é formada por Drei (vocal, guitarra), Samuel W. (baixo, vocal) e OVNI (bateria, vocal).
“Alicerce” faz parte do disco “Ghetto” (2022).


Boca de Lobo (Jundiaí)

Formado em 2013, o quinteto apresenta uma sonoridade que explora o que há de mais original no hardcore e no thrash metal. Em 2015 lançaram sua primeira demo e em 2019 o EP “Relatos do Lado Esquecido”. Em 2021 a banda assinou com a Clichê Records, selo independente que distribuiu seu primeiro álbum, “Volume I”, lançado em 13 de agosto do mesmo ano.
“Zumbis das Madrugadas” faz parte do disco “Volume I” (2021).


Caminho de Rato (Bragança Paulista)

Caminho de Rato é uma banda de crust e hardcore formada em 2017 em Bragança Paulista, SP com letras politizadas e cotidianas formada por Fabiano (vocal), Rodrigo (bateria), Fabiana (baixo, backing vocal) e Diego (guitarra).
“Escravo Robotizado” faz parte do disco “Caminho Sem Volta” (2021).

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Corporate Death (Jundiaí)

Formada em 2001 e hoje composta por Flávio Ribeiro (voz, baixo), Damien Mendonça (guitarra) e Rafael Cau (bateria) a banda já lançou uma demo “Ways to the Madness” (2005), relançada em 2021 (em comemoração aos seus 15 anos) com a faixa bônus “Over the Trenches” e quatro álbuns “Terminate Existence” (2008), “Angels & Worms” (2013), “Reborn” (2017) e “IV” (2022).
“The Burden” faz parte do disco “IV” (2022).


Cruento (Jacareí)

Formada em 2015, Cruento traz influências de punk, hardcore e crust, com letras que abordam o drama humano vivido no campo social, existencial e humanitário, como sintomas graves do eminente mergulho ao abismo, para o qual o mundo está sendo empurrado pelos inimigos da evolução.
“Fantoche” faz parte do EP “Mar de Ossos” (2020).


Desmorto (Atibaia)

Formada em 2018, a banda de fastcore tem influências do hardcore paulista do começo dos anos 2000 (Presto?, Discarga, Sick Terror). Seu primeiro lançamento foi o split DESCABRA (2022), lançado junto com Cäbrä (Itatiba, SP), composto de material inédito: doze faixas da Desmorto e quatro faixas de Cäbrä. Atualmente a banda trabalha no lançamento de mais um split, com outra banda do interior de SP, com lançamento previsto pra 2023.
“Terror da Madrugada” faz parte do split DESCABRA (2022).


DISCHORD (São Roque/São Jose do Rio Preto)

Formada em São Roque em 1996, a banda de hardcore crust tem como proposta fazer um som cru com letras políticas e diretas. Com vários materiais lançados em diversos formatos no Brasil e em outros países, em 2019 a banda lançou o CD “Guerrilha Cultural”, que reúne toda a sua discografia até então. Em 2022 lançaram um split cassete com a banda canadense Atrophic Decay. Lançado pela Cultus Copy Recs no Canadá e distribuído no Brasil pela Fat Zombie Records. Após inúmeras formações, atualmente a banda conta com Anderson (vocal), Shita (guitarra), Yuri Tomate (baixo) e Serginho (bateria), que residem em São José do Rio Preto.
“Dos Anjos” faz parte do split com Atrophic Decay (2022).


Fim da Aurora (Jundiaí)

Formada em dezembro de 2012, Fim da Aurora tem influências que vão do hardcore ao deathmetal. Seu principal objetivo é fazer um som pesado e caótico com letras que retratam problemas sociais, políticos e pessoais, proporcionando shows com muita energia. Com dois EPs, “Espíritos (2015) e “Atormentação” (2017), e um single, “Intolerância” (2022), lançados, a banda já fez mais de 100 shows desde o seu início. Atualmente estão em processo de gravação do seu primeiro álbum, com lançamento previsto para 2023.
“Intolerância” foi lançada como single em agosto de 2021.


Industrial Holocaust (Leme)

Formada em 1991 após o fim da Morbideath (89-91) “com a finalidade de fazer noisecore de protesto contra este sistema imundo que vivemos”, hoje a banda é composta por Cassiano (baixo, vocal), Sérgio (guitarra, vocal) e Riva (bateria, vocal). Lançaram seu primeiro trabalho em 1992, um split com Noise, e desde então participaram de 12 compilações e splits, entre elas “Compilação Beneficente Para Mumia Projeto A.C.R. – A Opressão Capitalista Não Reconhece Fronteiras A Solidariedade Internacionalista Tão Pouco!!!” (2000), além dos EPs “Nuclear Warning” (1997) e “The Holocaust Continues…” (2013).
“Final Holocaust (Noise terror)” faz parte do split com Lotus Fucker (2017).


Leeo (Santos)

Leeo é o projeto solo de Leo Hanna, produtor musical e integrante do Surra. Em 2022 ele lançou o EP “Sem Futuro”, que contém composições suas que não couberam no Surra e outras feitas já para esse EP. “Sem Futuro” foi inteiramente gravado, mixado e masterizado pelo próprio Leo.
“Eles me Empurram” faz parte do EP “Sem Futuro” (2022).

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Manger Cadavre? (São Jose dos Campos)

Banda de hardcore crust com influências de metal e letras que partem do recorte de classe em atividade desde 2011, hoje com Nata (vocal), Marcelo Kruszynski (bateria), Bruno Henrique (baixo) e Paulo Alexandre (guitarra). Manger Cadavre? já excursionou por todas as regiões do Brasil e com três EPs, dois splits e dois álbums, “AntiAutoAjuda” (2019) e “Decomposição” (2021), lançados a banda registra o amadurecimento dos integrantes com o peso do metal, sem abrir mão do espírito faça você mesmo.
“A Raiva Muda o Mundo” faz parte do disco “Decomposi​ç​ã​o” (2021).


Massacre do Paralelo 11 (Campinas)

Formada em 2018 após o fim da banda Baby Boom, Massacre do Paralelo 11 tem o intuito de fazer música rápida e pesada com letras em português. Após idas e vindas de integrantes e consequentemente de influências, hoje a banda toca metal alternativo, com influências do punk, hardcore e thrash metal. Hoje Massacre do Paralelo 11 é Elso Filho (bateria), André Almeida (guitarra), Eduardo Gabriel (vocal) e Gabrick (baixo). Em 2023 lançaram o EP “Conforme-se”.
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Nihil Gun (Leme)

Banda libertária de sonoridade indefinida com letras que abordam o cotidiano sociocultural e político de uma forma geral. Teve inicio de suas atividades em abril de 2014. Nihil Gun Lançou materiais em diversos formatos além de participação em algumas coletâneas nacionais e gringas.
“Pós Modernidade” faz parte do EP “Luta de Classes” (2018).

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Surra (Santos)

Formada em 2012 por Leeo Mesquita (vocal, guitarra), Guilherme Elias (baixo, vocal) e Victor Miranda (bateria), o power trio é uma das bandas mais ativas do underground brasileiro. Com a proposta de tocar de forma rápida e agressiva, a banda adiciona thrash metal, hardcore, death metal, grindcore e outros nichos da música extrema a letras que procuram refletir criticamente sobre a nossa realidade. A banda já lançou quatro álbuns, um split, seis EPs e um single.
“Motor da História” faz parte do disco “Ninho de Rato” (2021).


Toxic Carnage (São Roque)

Fundada em 2008 e hoje composta por Robson Dionisio (vocal, baixo), Bruno Campos (bateria) e Roberlei Cristiano (guitarra) a banda lançou seu primeiro EP, “Storm of Hate” em 2010. Além dos splits com Curse, “Cursed Carnage” (2013), com a mexicana Merciless Disaster, “Beer Drinkers and Hellraisers” (2015), e com a grega Rapture, “Preachers of the Fallen Fate” (2017), a banda lançou uma coletânea “Total Carnage” (2016), um album completo “Doomed From The Beginning” (2019) e dois EPs, “Nuclear Addiction” (2020) e “The New Normal” (2022). Atualmente Toxic Carnage está em processo de gravação de seu próximo EP, “Primitive”, e já compondo as músicas do seu segundo álbum, com previsão de lançamento em 2023.
“The Beast Inside Me” faz parte do disco “Doomed From The Beginning” (2019).


Fizemos playlists com as músicas disponíveis nos streams, mas como faltam várias bandas eu recomendo muito que você ouça no Bandcamp.


Lançamentos

VEIO AÍ – Lançamentos de Junho

Mais um mês, mais (muitos) lançamentos.

Lembrando que: 1) Estamos disponíveis pra te ouvir e trocar uma ideia! É só mandar mensagem nas redes sociais: Twitter e Instagram, ou escreva pro busridenoteszine@gmail.com.

2) Coloque seu material em TODAS as plataformas! Disponibilize informações básicas em TODAS as redes sociais! Deixamos de publicar muitos materiais aqui por não encontrá-las. Sério mesmo.

E 3) Queremos MUITO dar espaço pra mais artistas do interior, e também das regiões norte, nordeste e centro-oeste (exceto DF). Conhece alguém desses lugares? Manda pra cá!

A Place for Me – Ad Aeternum

Após o single “Genocidal Tendencies” (2021), o quinteto retorna com um EP brabíssimo! E se você mora em Araraquara ou arredores, dá pra curtir a porradaria do metalcore dos caras no after do Araraquara Rock este sábado!
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Beer and Mess – Enquanto Você Fala de Mim, Eu Vou Beber!

Comemorando 15 anos de estrada, a banda de punk rock bubblegum do DF lança seu novo single, “Enquanto Você Fala de Mim, Eu Vou Beber!”. A faixa está disponível nas redes de stream.
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Bravonas – Bravonas

Mais um punk chicletão, dessa vez o disco de estréia de Bravonas de Curitiba, PR. Na página do Instagram das Bravonas, além de acompanhar as atividades da banda, você pode conferir as letras das músicas.
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Cigarros Indios – Temporal

A banda de indie rock de Araçatuba, SP lançou seu novo single, “Temporal”. Em junho a banda também disponibilizou um mini-doc sobre o show que fizeram no SESC Rio Preto, que você pode assistir aqui.
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Color for Shane – End

“End” é o terceiro álbum da banda de garage rock de São Paulo, SP. Color for Shane também lançou três lyric video para as faixas “Hours”, “Why Did I Ever Say Yes” e “Currency”, que você encontra na sua página no Youtube.
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Hannya – Gashadokuro

Novo single da banda hardcore de São Carlos, SP, com participação de Yasmin Amaral (Eskröta). O nome da música vem do folclore japonês: a palavra representa um espírito vingativo que surge a partir das almas de pessoas mortas por inanição, negligência e tragédias.
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INRAZA – Crowning

“Crowning” é o novo single da banda paulistana de metal, formada em 2017. A faixa foi lançada junto de um clipe e é também o primeiro trabalho da banda com a nova formação.
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Janelles – Janelles

E temos outro disco de estreia de punk chicletão de Curitiba, PR. Janelles foi formada durante a pandemia pela internet por amigas que moram em cidades diferentes e já havia lançado três singles.
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MASTEMA – AS THEY LOOK FOR ME IN PITIFUL MIRRORS

Em Mastema o artista Guilherme Castelo Branco mistura poesia, post-punk, techno e guitarras de shoegaze. Em junho ele lançou seu novo EP, “AS THEY LOOK FOR ME IN PITIFUL MIRRORS”.
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Pedra Relógio – Vamosss!

A banda de São João Nepomuceno, MG lançou o EP “Vamosss!”. Pedra Relógio se inspira em bandas do rock alternativo dos anos 80 e 90, além do indie pop dos anos 10 e novos artistas do gênero lo-fi.
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REFUSE – O Motivo

Mais uma banda de Araraquara, SP marcando presença por aqui. Em junho a banda de hardcore REFUSE lançou, junto de um clipe, seu novo single, “O Motivo”.
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split Garrafa Manía – Garrafa Vazia e Garrafa Social (Argentina)

As bandas de punk rock Garrafa Vazia (Rio Claro, SP) e Garrafa Social (Argentina) se uniram num lançamento conjunto. “Garrafa Manía” está disponível nas redes de stream.
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Switchback – Jack’n’Coke

A banda de hardcore/crossover de Niterói, RJ lançou o single “Jack’n’Coke”, que é um tributo ao Motorhead (o título é uma referência à bebida preferida do vocalista Lemmy Killmister). Switchback também está em processo de composição do seu primeiro álbum.
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Triunfe – Instantes No Tempo

A banda de hardcore melódico de São Gonçalo, RJ lançou seu novo single, “Instantes No Tempo”, que fará parte do seu próximo álbum, de mesmo nome. Segundo eles, a faixa “carrega o peso de alegrias, tristezas, perdas, despedidas, aprendizados e conquistas”.
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Entrevistas

Entrevista: ANVERSA

Formada em 2018 em São José dos Campos, SP, e hoje composta por Tati Laukaz (voz), Marcelo Morella (guitarra), Mendel (baixo) e Pêxi (bateria), ANVERSA faz hardcore com elementos de rock clássico, hard rock, metal, punk rock, entre outros.

Até o momento a banda já lançou cinco singles e, mais recentemente, seu primeiro EP, “Existir” (2022).

Conversamos com o baixista Mendel sobre o EP, a história da banda e mais na entrevista que você lê a seguir.

Vocês podem falar sobre a banda pra quem não conhece?

ANVERSA é uma banda com influências de hardcore, punk e metal, que acaba remetendo aos sons dos anos 80 e 90, até pela faixa etária dos integrantes ser entre uns 30 e 45 anos. É uma mistura de sons que tem em comum a atitude.

Desde o início ANVERSA é Tati nos vocais e eu (Mendel) no baixo, juntos criamos a banda, demos o nome e compomos algumas músicas. Após algumas mudanças na formação, hoje temos Marcelo na guitarra e Pexi na bateria.

Todos os integrantes da ANVERSA já são das antigas, não? Já participaram de outras bandas.

Creio que sim, eu participo de bandas desde o final dos anos 90 (Fractura, Johnny Cusper, Revide, entre outras), Marcelo tocou na Tróia Contra Ataca, uma banda que foi bem ativa na cena de Taubaté e hoje toca na Mantrah, Pexi também toca na Hematoma, e Tati, com quem sou casado, acompanhou tudo isso desde o começo e sempre fez participações nessas bandas, sempre corremos juntos, até que agora ela decidiu ser front woman.

Vocês acham que ter participado de outras bandas influencia a dinâmica de uma banda?

Sim, é uma bagagem. Formamos ANVERSA já com uma ideia clara do que queríamos. O processo de criação é relativamente rápido e a discussão sobre os próximos passos acaba sendo rápida também. Acho que não ser marinheiro de primeira viagem ajuda bastante.

A faixa de abertura de “Existir” é um poema de Minhocão Underground. Como surgiu essa parceria e a ideia de ter uma poesia no EP?

Minhocão Underground é um punk da periferia, preto, gay, é assim que ele se intitula. Um poeta sofrido que, como ele diz, até então não tinha voz. Apesar de sempre ter participado de eventos da cena punk no Vale do Paraíba, sempre curtindo os shows, sempre envolvido com a cena.

No nosso primeiro show após a pandemia, um dos primeiros eventos aqui no Vale, ele perguntou se poderia declamar uma de suas poesias, e aceitamos, claro. Assim que ele terminou e começamos a tocar, foi impactante ver pessoas chorando, emocionadas com aquela volta dos shows e com a poesia dele, foi muito bonito.

Aliás, só uma das faixas do EP não tem participação especial, vocês podem falar sobre como foi o processo de criação do EP?

A maioria das músicas vieram de formações anteriores e tiveram uma roupagem nova com a entrada dos integrantes atuais e também com a participação do produtor Davi Oliveira. Foram muitos ensaios no estudio Devel, do André, onde também fizemos a pré-produção.

As participações surgiram conforme a gente achava que alguém se encaixava com aquele som e letra. Foram processos diferentes, mas o fato de “Dias de Azar” não ter uma participação foi só a falta de encaixar alguém que realmente fizesse sentido. Mas sempre tivemos um retorno muito positivo com essa música, pensamos em talvez fazer um clipe dela.

A cena de São José dos Campos é bem movimentada (não só SJC, mas da região toda), vocês podem falar um pouco sobre isso?

Acho que hoje conseguimos encabeçar vários projetos, eu realizo alguns eventos convidando bandas de fora. A mini tour que fizemos em Março com a banda Cura, de Campinas foram três datas: Campos do Jordão, São José dos Campos e Caçapava e no mesmo fim de semana houveram outros eventos, então a cena está, sim, movimentada. Fazemos o possível pra que isso aconteça.

Tem vários produtores de eventos no meio underground de São José dos Campos trazendo bandas grandes, bandas médias e dando espaço pras bandas menores. Isso é bem legal.

Vale lembrar da Hellkhan, uma banda com integrantes bem novos, alguns menores de idade se não me engano, que está tendo muito espaço, fazem muitos shows.

Últimas considerações? Algum recado?

Eu queria agradecer o espaço. O material que vocês produzem é de altíssima qualidade e isso é muito importante na cena: as pessoas conhecerem bandas, zines e movimentos através de outros movimentos. É isso que procuramos levar nos nossos trabalhos, não só dentro da música, mas com outros meios artísticos, tatuadores, artistas de rua, poetas, brechós, artesãos…

Acho que os artistas acabam levando a arte uns dos outros quando tudo acontece de uma forma natural, sem concorrência. Quando pensarmos que arte é uma coisa só, que devemos parar com panelinhas e etc, todos serão mais beneficiados. Acho que “união” é uma palavra que cabe muito nos dias de hoje pra podermos continuar fazendo nosso trabalho na música e outros tipos de expressão artística.

E ANVERSA não para, já estamos compondo material novo.


Lançamentos

VEIO AÍ – Lançamentos de Maio

Faz tempo que não escrevo uma introdução aqui, mas também não tenho muito o que falar. Pega sua água, ou café, ou cervejinha, ou o que preferir e vem com a gente!

Lembrando que: 1) Estamos disponíveis pra te ouvir e trocar uma ideia! É só mandar mensagem nas redes sociais: Twitter e Instagram, ou escreva pro busridenoteszine@gmail.com.

2) Coloque seu material em TODAS as plataformas! Disponibilize informações básicas em TODAS as redes sociais! Deixamos de publicar muitos materiais aqui por não encontrá-las. Sério mesmo.

E 3) Queremos MUITO dar espaço pra mais artistas do interior, e também das regiões norte, nordeste e centro-oeste (exceto DF). Conhece alguém desses lugares? Manda pra cá!

ANGVSTIA – Lacuna

Após os singles “Até Aqui” e “In Droga We Trust”, o quarteto paulistano de hardcore melódico lança seu primeiro álbum, “Lacuna”.
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Bisk8 – Hino das Minas

Queridinhas pessoais do TramaVirtual no começo dos anos 2000, que voltaram à ativa há alguns anos, trazem mais um som inédito. Misturando punk rock com um hino de futebol, a música “fala sobre a união e luta coletiva das mulheres para denunciar os seus agressores“. E ainda tem participação (de parte) da Charlotte Matou um Cara nos coros! <3
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Blastfemme – Malícia

Primeiro de seis singles que a banda carioca anunciou para este ano, “‘Malícia’ traz no som nosso estado de alerta: o suspense e a tensão que a noite pode, muitas vezes, representar pra nós mulheres. Na letra, frases soltas que ouvimos, desde sempre, de nossas mães, irmãs, amigas. É a importância da proteção e da preocupação em relação ao assédio e qualquer tipo de violência”. Lançamento da Monstro Discos.
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Bocarra – Em Movimento

A banda paulistana de garage punk acaba de lançar seu novo single, que é “nosso grito contra as práticas abusivas do mundo corporativo que vem constantemente fodendo com a cabeça de tanta gente por aí!”
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Budang – Virgínia (Euthanasia)

Tomando de conta a cena catarinense e explodindo Brasil afora, o quarteto de Florianópolis homenageia seus conterrâneos lendários da Eutha neste novo single. Gravado em São Paulo no Estúdio Costella, com lançamento da Forever Vacation Records.
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Colina – Lar

Após soltarem os singles “4-4-6” e “Nó(s)” nos últimos meses, a banda de Diadema, SP lança seu EP de estreia, com letras que abordam temas como relacionamentos interpessoais e questões introspectivas, envoltas em emo e post rock.
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Ema Stoned – Spirulina

Somando ora paisagens psicodélicas experimentais, ora labirintos com pitadas de jazz e noise, o trio paulistano apresenta o primeiro single de seu novo disco, que sairá em Julho. Lançamento via Before Sunrise Records.
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Holger – Domingo de Sol

Ícone do indie nacional dos anos 2000, o quinteto paulistano lança o primeiro material inédito desde o single “Glossário”, de 2019. Este single anuncia um novo disco, “Más Línguas”, previsto pro segundo semestre; ambos lançamentos da Balaclava Records.
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Kidsgrace – Tudo Está Normal (?)

Realmente estamos vivendo a era dos supergrupos! EP de estreia do quinteto do DF, formado por (ex-)membros de Penúria Zero, Transtorno Nuclear, Blasterror e Evil Corpse. Como se autodenominam, “hardcore desgracento”, pra bater muita cabeça!
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Luke Mello – Time Machine

Inspirado no pop punk e emo dos anos 2000, “Time Machine” traz letras abordando temas como solidão, saudade e arrependimento em melodias melancólicas, grudentas e agitadas que geram um sentimento de nostalgia e urgência. O single foi produzido, mixado e masterizado pelo próprio Luke Mello, que também gravou todos os instrumentos e vozes, além de gravar e editar o clipe, simples e intimista, que foi finalizado por Vítor Martins (Mitocôndria). A arte de capa é de Júlia Kaffka (também integrante da Bioma) e o lançamento da Big Cry Records. Além de seu trabalho solo, Luke é produtor musical e faz parte da banda de ska Querida, Faça as Malas, que recentemente lançou seu primeiro álbum.
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Menstruação Anárquika – Maria Bonita

Comemorando 30 (!) anos de estrada, a veterana banda punk feminina de São Paulo nos apresenta seu novo disco, recheado de regravações dos seus clássicos e também sons inéditos.
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Olivia Yells – Waiting Room

“Waiting Room” é o EP de estreia da artista curitibana. Como o nome sugere, o EP explora o processo da espera. Desde as letras até a parte instrumental, os elementos de agonia e inquietação se fazem presentes. “Eu passo por cada música desabafando sobre a percepção de estar sempre sendo paciente demais sobre diversas ocasiões”. Lançamento da No Sun Records.
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Os Últimos Escolhidos do Futebol – Divã

Sorri demais com essa notificação! O quinteto bauruense está de volta, com uma pegada indie deliciosa. Este single é a primeira amostra do EP inédito que vem aí, em parceria com o selo Bolo de Rolo.
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Poucas Ideias – Parte do Problema

A banda de hardcore de Jundiaí, SP lançou em maio seu novo EP. Segundo Poucas Ideias, “‘Parte do Problema’ é um soco no estômago da conformidade, nos desafia a confrontar a realidade e nos incita a refletir nosso papel como indivíduos”.
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Quarto Vazio – Fábulas

Após o single “Peanuts”, a banda de Maceió, AL lança seu primeiro álbum, com músicas que passeiam pelo dreampop, shoegaze e emo.
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Ruptura – Brotficher

Chega ao mundo o segundo EP da banda de hardcore melódico periférico do Distrito Federal. O material carrega tanto em seu nome quanto na arte uma homenagem ao ex-vocalista Giovane, que se mudou de cidade no fim de 2022.
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split 116 – Marinas Found e Articuna

Somando forças em um trabalho coletivo, Marinas Found (Pelotas, RS) e Articuna (Porto Alegre, RS) lançam “116”. Inspirado na BR-116, que liga ambas as cidades, o split explora a ideia da distância que conecta as duas bandas. Com produções de Pedro Soler (Marinas Found) e Northon Amaral (Articuna), cada banda foi responsável por seu single, desde a composição até a masterização. Marinas Found traz “Amigos”, uma dedicatória a todes es amigues, próximes e distantes, que sempre serão sua rede de apoio. Articuna traz “Caos e Desordem”, “um grito de protesto, onde a música pode ser vista como uma forma de resistência política ante a um país antidemocrático e desigual, mas com a perspectiva de que essa realidade caótica pode ser mudada”. A arte de capa é de Eduardo Walerko (Marinas Found) e o lançamento da Under Rocks Records.
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Stoned Hare – Radio VOX

Os indie stoners de Taubaté, SP acabam de lançar seu novo single, que “fala sobre impasses pessoais que nos impedem de avançar com algo importante, mas que são totalmente subjetivos” e fará parte de seu próximo álbum.
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Lançamentos

VEIO AÍ – Lançamentos de Abril

Mais um mês, mais (muitos) lançamentos.

Lembrando que: 1) Estamos disponíveis pra te ouvir e trocar uma ideia! É só mandar mensagem nas redes sociais: Twitter e Instagram, ou escreva pro busridenoteszine@gmail.com.

2) Coloque seu material em TODAS as plataformas! Disponibilize informações básicas em TODAS as redes sociais! Deixamos de publicar muitos materiais aqui por não encontrá-las. Sério mesmo.

E 3) Queremos MUITO dar espaço pra mais artistas do interior, e também das regiões norte, nordeste e centro-oeste (exceto DF). Conhece alguém desses lugares? Manda pra cá!

A Stolen Season – Ghost Town

Single de estreia do projeto solo de Gui de Paula (Humbold), brasiliense radicado em São Paulo. Dando os primeiros passos dessa nova empreitada enquanto ainda vivia em Glasgow (Escócia) durante a pandemia, esta faixa é “um convite pra respirar fundo, segurar firme e lembrar o que é realmente importante“.
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ÁSPERØ – Alienação e Confinamento

Vindos de bandas como I Shot Cyrus, Fim do Silêncio, Live by the Fist, xEscurox e O Cúmplice; o experiente quinteto paulistano tinge seu hardcore com influências de death metal e nos apresenta seu segundo EP.
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Bruno Leo – Delusional

“Delusional” é o terceiro álbum do carioca Bruno Leo (que também assina a produção, gravação e mixagem deste). O primeiro single, “Sombra do Contraste”, foi escrito quando Bruno, após anos morando na Finlândia, se mudou para a Califórnia, EUA e decidiu relatar essa experiência. O disco também conta com a participação de Brunno Lopez em “Solução Sem Problema” (com quem Bruno divide a autoria da canção) e Márcio Viana em “Sem Se Validar”.
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Coletânea – Under the Eternal Shine of a Devastation, vol. 1

Os selos Vertigem Discos (Fortaleza, CE) e Gagau Prods (Teresina, PI) se uniram para lançar uma coletânea de bandas piauienses que passam por diversas vertentes do rock. O nome da compilação “se refere a devastação diária da humanidade, que, mesmo reconhecendo seus próprios erros, continua destruindo e incentivando a barbárie”.
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Dennehy – Little Less Rough

O novo single da banda brasiliense traz um som mais maduro e pesado, mas sem perder a essência melódica da voz de Luna. Aqui Dennehy explora ainda mais os elementos eletrônicos enquanto, ao mesmo tempo, leva o peso do metalcore moderno para o instrumental. O clipe, dirigido por Rafael Novak, com produção de Guilherme Lessa e edição de Pedro Bedê, segue o ritmo da letra, mostrando uma “entidade” que representa a pressão social de se manter “perfeito” perante as dificuldades e situações sufocantes.
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ESC – Atemporal, pt. 3

Foi lançado o sexto EP da banda santista, que comemora 18 (!) anos em 2023; sendo também a terceira e última parte do projeto Atemporal (parte 1 em 2020, parte 2 em 2022). Este novo trabalho “apresenta uma mistura de sentimentos, percepções e cotidiano da vida adulta, além de um toque de nostalgia em relação à cena underground dos anos 2000 e à adolescência em geral”.
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Eskröta – Atenciosamente, Eskröta

Após o single “Homem é Assim Mesmo”, lançado em março, a incansável banda crossover de São Carlos/Rio Claro, SP nos traz seu terceiro álbum. Segundo elas, o disco tem uma pegada mais hardcore que seus outros lançamentos. A faixa “Pertencer e Conqusitar” conta com a participação de Milton Aguiar (Bayside Kings).
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Estilhaço – Demo

Nos últimos anos o movimento straight edge deu uma sumida, né? Veteranos desse role, o quarteto paulistano se juntou nesse supergrupo pra continuar a carregar a tocha e provar que o SxE segue vivo e vai muito bem, obrigado.
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Ethel Hunter – Chasm of the Soul

A banda curitibanda de death metal lançou seu novo EP, o primeiro com a nova formação. Segundo eles, este material “aborda temas que retratam a percepção do que vivemos, como nossa mente nos controla usando o medo como forma de dor, quando apostamos a nossa vida para substituir o que nos falta e como somos escravos da nossa vontade na profundeza da nossa alma”. Lançamento em parceria com Zoom Discos e Brado Records.
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Fora do Prumo – Autopasso

Single de estreia do novo supergrupo punk rocker do Distrito Federal, formado por Betão (Ingrena), Roniel (DF 147) e Jonh (Rashness Originals).
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Greve – Esforços em Vão

Tendo lançado uma demo em 2022, este é o primeiro registro de estúdio do duo grindcore de Londrina, PR. Segundo a banda, o nome do EP reflete o sentimento de suas letras: “impotência frente às condições de vida impostas por um capitalismo tardio, quando se torna cada vez mais difícil pensar em soluções e fazer algum tipo de mudança significativa”. Lançamento em parceria com Garage Tapes Prod.
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Lasso – Ordem Imaginada

Terceiro EP do trio hardcore punk de Salvador, BA. Disponível em vinil 7″ pelos selos Sorry State Records (EUA) e Static Shock Records (Reino Unido).
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Manger Cadavre? – Imperialismo

“As contradições do capitalismo levaram o sistema a sua etapa superior, o Imperialismo”. Em seu quarto álbum, a banda de São José dos Campos, SP aborda o tema de forma direta e subjetiva. O disco conta com a participação de Suyanne Gabriëlle (Buzzard) na faixa “Tormenta” e além da distribuição digital via Blood Blast, ele também foi lançado em CD, com o apoio de vários selos do país.
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Odiosa – Humilhação

A banda de crossover de Recife, PE lança seu novo single. Segundo eles, este é “um grito de revolta pelas vidas perdidas em prol ao conforto do (des)governo, empresas e empresários que atuaram de forma clandestina durante a pandemia da Covid-19”.
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split Cult of Devil Sounds – Weedevil e Electric Cult (México)

As bandas de stoner/doom metal Weedevil (São Paulo, SP) e Electric Cult (México) se uniram num lançamento conjunto, abraçado pelos selos Abraxas e Smolder Brains Records (México).
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Ultraluna – Novas Baladas de Amor

O projeto solo do compositor Vinícius Mendes (São Paulo, SP) acaba de lançar seu quarto EP, “Novas Baladas de Amor”: “uma homenagem aos amores imaculados, imperfeitos ou imprevistos”. Com Ultraluna Vinícius explora folk com influências de indie rock.
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vini the fox – Raiô

Conhecido da cena brasiliense, atualmente o virtuoso guitarrista se divide entre as bandas Escolta e Aurora Rules. Incansável, agora Vinicius se lança num projeto solo, com elementos math rock (como fã de Yvette Young que é), folk e pop.
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